A VERDADE DE CADA UM
Atentemos para os nossos sentidos e para as nossas emoções.
Busquemos, antes de tudo, sentir.
Atentemos para uma manhã de sol e uma noite de lua. Deixemos que o nosso corpo sinta o calor do sol, e o frescor da noite.
Atentemos para o milagre da gravidez. E observemos como uma rosa brota; como, do botão, surge a beleza que nos encanta o coração.
E atentemos para as nossas próprias reações. Notemos como a beleza nos toca; como nos desperta emoções que fogem ao domínio da lógica.
Assim, perceberemos que, em nós, existe algo que foge ao domínio do corpo. E nos encontra em nosso verdadeiro Eu.
Somos mais do que pensamos.
Porém, vivemos em função do momento.
E ele não é mais do que um momento; uma gota perdida no infinito oceano que é a Vida.
Deveríamos aprender a ver a Verdade; e descobrir que transcendemos ao corpo.
Somos mais do que os nossos sentidos, do que as nossas passageiras vontades. Porque a Verdade não reside em nosso corpo, mas em nosso verdadeiro Eu.
Dizemos estar sempre em busca de nós mesmos.
E jamais nos encontramos. Porque nos procuramos onde pensamos existir. É quando a Verdade se perde entre nossas ilusões.
Julgamos a nossa beleza pelas reações que desperta entre os que nos cercam. E a nossa inteligência pelos erros e acertos do dia-a-dia. E nos enganamos, porque a beleza não está no corpo; nem a inteligência no aparente sucesso.
Somos o que somos. E não nos deveríamos buscar.
Pois, enquanto o fizermos, não nos encontraremos. Enquanto nos virmos pelos olhos dos outros, jamais nos veremos como somos.
Cada um é como é. E deve procurar apenas a sua verdade.
Pois, para ele, essa é a verdade maior ...